
Churrasco de família, desses de domingo. A bisavó estava em cima do muro, naquele morre não morre, vô não vô. Um dos genros sugeriu tirar uma fotografia da cambada toda reunida, talvez a última com a velharada. A bisavó e o bisavô sentados no meio lado a lado, filhos, filhas, genros, noras, netos ao redor e os bisnetos atirados pelo chão. Todo mundo no seu devido lugar. Ruy, o genro, enquadrou a foto de forma que ninguém ficasse excluído e ofereceu a câmera pra quem quisesse registrar o momento.
- Oras, tira você mesmo, ué - retrucou uma das cunhadas.
- Pois sim! E eu não saio na foto?
Ruy era o genro mais velho. Ele que levava os velhos pra praia no verão. Tinha que estar na fotografia.
- Deixa que eu tiro - disse Jorge Antônio.
- Você não vai andar um passo daqui - ordenou Augusta.
A família nunca gostou muito do marido da Augusta. Provavelmente eram as piadas sem graça feitas à mesa, em domingos como aquele. Augusta por sua vez insistia em defender o marido. "Não deixa eles passarem por cima de ti, Jorge Antônio". E Jorge Antônio, baixou os olhos e ficou estatelado onde estava, ao lado da mulher. Foi aí que Augusta fez uma sugestão maldosa:
- Acho que quem deve tirar a foto é o Paulinho.
Paulinho era o filho caçula da Terezinha, uma das noras, casada com Luíz Octávio. Diziam as más línguas que Paulinho nem filho de Luíz Octávio era. O menino prestativo já estava saindo do lugar quando Terezinha o segurou pelo braço.
- Daqui ele não sai.
- E agora?
- Porra, Ruy, você disse que essa porcaria só faltava falar e não tem nem timer!
O Ruy fez aquela cara de suflê de chuchu. No fundo todos tinham ciúmes dele. Ele tinha a HILUX do ano e havia adquirido a câmera num duty free europeu. Um dos bisnetos sugeriu revezamento entre os genros. A idéia foi reprovada, todos deveriam aparecer no retrato.
De repente, a própria bisa se ergueu num solavanco e caminhou a passos firmes até o Ruy. Arrancou a câmera de suas mãos e disse: - Vai pra lá e fica quieto.
Antes que começassem os protestos, apertou o botão, tirou a foto e foi dormir.
Não saiu na foto e nunca mais acordou.
- Oras, tira você mesmo, ué - retrucou uma das cunhadas.
- Pois sim! E eu não saio na foto?
Ruy era o genro mais velho. Ele que levava os velhos pra praia no verão. Tinha que estar na fotografia.
- Deixa que eu tiro - disse Jorge Antônio.
- Você não vai andar um passo daqui - ordenou Augusta.
A família nunca gostou muito do marido da Augusta. Provavelmente eram as piadas sem graça feitas à mesa, em domingos como aquele. Augusta por sua vez insistia em defender o marido. "Não deixa eles passarem por cima de ti, Jorge Antônio". E Jorge Antônio, baixou os olhos e ficou estatelado onde estava, ao lado da mulher. Foi aí que Augusta fez uma sugestão maldosa:
- Acho que quem deve tirar a foto é o Paulinho.
Paulinho era o filho caçula da Terezinha, uma das noras, casada com Luíz Octávio. Diziam as más línguas que Paulinho nem filho de Luíz Octávio era. O menino prestativo já estava saindo do lugar quando Terezinha o segurou pelo braço.
- Daqui ele não sai.
- E agora?
- Porra, Ruy, você disse que essa porcaria só faltava falar e não tem nem timer!
O Ruy fez aquela cara de suflê de chuchu. No fundo todos tinham ciúmes dele. Ele tinha a HILUX do ano e havia adquirido a câmera num duty free europeu. Um dos bisnetos sugeriu revezamento entre os genros. A idéia foi reprovada, todos deveriam aparecer no retrato.
De repente, a própria bisa se ergueu num solavanco e caminhou a passos firmes até o Ruy. Arrancou a câmera de suas mãos e disse: - Vai pra lá e fica quieto.
Antes que começassem os protestos, apertou o botão, tirou a foto e foi dormir.
Não saiu na foto e nunca mais acordou.
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