domingo, 5 de dezembro de 2010

HISTÓRIA INTERROMPIDA


... não podia explicar o que sentia ou o que pensava, além de que pensava quase sem palavras. Tudo era impreciso, mas de súbito na imprecisão encontrara uma nitidez que ela apenas adivinhara e não pudera possuir inteiramente. Perturbada pensara: tudo, tudo. As palavras eram como os seixos rolando no rio tentando escapar da boca. Não fora feli­cidade o que sentira então, mas o que sentira fora fluido, docemente singelo como os raios de sol nas primeiras horas da manhã. De olhos fechados mantiveram-se quietos, de mãos dadas, sem dizer sequer palavra e repentinamente a história se partiu..

Nenhum comentário:

Postar um comentário