Lá em 380 a.C Platão escreveu um diálogo com uma série de discursos sobre a natureza do amor. Vale lembrar que toda essa discussão sobre o amor aconteceu depois de uma daquelas festas onde a gente bebe mais do que come. Dentre todos os discursos que compõem O Banquete o mais interessante é o de Aristófanes. Segundo ele havia três gêneros de seres humanos que eram duplos de si mesmo: o gênero feminino feminino, masculino masculino e feminino masculino. Ou seja, nós éramos duas pessoas em uma só, até que os Deuses resolveram nos dividir.
É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto uma téssera complementar de um homem, porque cortado com os linguados, de um só em dois; e procura cada um o seu próprio complemento. (Aristófanes, O Banquete)
O amor para Aristófanes é o desejo e a procura constante por nossa metade perdida.
Já para Sócrates , sendo o amor, amor de algo, esse algo é por ele certamente desejado. Mas este objeto do amor só pode ser desejado quando lhe falta e não quando o possui, pois ninguém deseja aquilo de que não precisa mais.
E no fim das contas quem inventou o amor ninguém sabe. Mas uma coisa é certa, todo mundo quer alguém pra dividir, somar, compartilhar...
Talvez o tempo traga essa pessoa pra mim, pra você, pra nós!
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