quarta-feira, 28 de abril de 2010

Um Monte...

Um Belo Monte... Um belo monte de merda... Um belo monte de problemas... Um belo monte de egoísmo... Um belo monte de propina... Ativistas do Greenpeace despejaram três toneladas de esterco na frente de cada entrada do prédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), onde aconteceu no dia 20 de abril um leilão para a concessão da construção e operação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Pra quem anda meio desligado dos acontecimentos recentes, a usina hidrelétrica Belo Monte foi projetada pra ser construída no rio Xingu (PA). Será a terceira maior hidrelétrica do mundo e seu custo estimado é de 19 bilhões.

Não vou ser hipócrita. É claro que eu não ficaria nada contente se houvesse um apagão. Mas pra que isso não aconteça, os índios, ribeirinhos e produtores rurais que vivem naquela região não precisam ser "apagados" do lugar onde nasceram, cresceram e criaram vínculo. O ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que o projeto atual da Usina Belo Monte foi reformulado para não atingir diretamente terras indígenas e demais possíveis afetados. Mas todo brasileiro sabe que na teoria tudo é verdade e funciona.

Dilma Rousseff chegou a comentar que os impactos serão compensados. Mas como compensar o incompensável? Um Belo Monte de biodiversidade que vai escorrer água abaixo. Nem os meus nem os seu filhos saberão que existiu.


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