Nas idas e vindas diárias no ônibus, tenho andado bem distraída olhando pela janela e cantarolando baixinho Jorge Ben Jor. Tô praticamente viciada nele. Ou melhor, nas músicas dele. Discretamente vou batendo o pé no ritmo do som, mas quando me dou por conta já fui fisgada pela malemolência carioca do swing. Há algum tempo atrás, morreria de vergonha. É claro que não fico me sacolejando como se tivesse um bicho carpinteiro no banco, tampouco coloco o volume em decibéis que possam ser audíveis pelas outras pessoas que dividem o mesmo espaço que eu, mas também já não fico mais reprimindo a vontade de acompanhar a música com a cabeça. Tem aqueles que ficam olhando com aquela cara achando que tenho um parafuso a menos, tem outros que fazem aquela outra cara de que o mundo seria muito mais feliz se as pessoas não se importassem com o que as outras fazem ou deixam de fazer. E sempre tem alguém pra achar engraçado. Eu nem tô. Fico lá curtindo a paisagem e estalando meus dedinhos. O importante é ser feliz, e quem canta, seus males espanta. Rock with me, baby?
Jorge Ben Jor
Menina Mulher da Pele Preta & O Telefone Tocou Novamente
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