
Trabalhar na emergência de um hospital público é definitivamente, caótico. Puncionar, fazer curativo, anamnese, exame físico, gasometria, SODIA, evolução e coleta de exames de mais de cem pacientes num espaço 4x4 é de veras muito tenso.
Uma parada aqui, uma vomitada acolá, nada fora do padrão de loucura estabelecido pro ambiente. Enfermeira pra lá, enfermeira pra cá, e parece que as pessoas só sabem chamar (leia-se gritar) pelo enfermeiro. Numa dessas ouvi um berro:
- Enfermeirinha (prefiro não comentar o termo usado), tô com muita dor.
- Dor aonde senhor?
- No sibirá.
- Aonde?
- No sibirá.
- E onde é o sibirá?
- Não posso mostrar aqui moça.
Bem, nessa altura das olimpíadas já imaginando o que poderia vir a ser o sibirá, perguntei:
- O sr. por acaso está com dor no pênis?
- Nããão, nãããão, nããããão! Eu sinto dor no peito ao sibirá pra cá e sibirá prá lá, mas é só quando eu me movo!
Deveriam inventar uma cartilha do estagiário consciente com a tradução de palavras usadas no linguajar popular onde viesse escrito também coisas que você não deve perguntar caso o contexto não tenha sido claro!
Uma parada aqui, uma vomitada acolá, nada fora do padrão de loucura estabelecido pro ambiente. Enfermeira pra lá, enfermeira pra cá, e parece que as pessoas só sabem chamar (leia-se gritar) pelo enfermeiro. Numa dessas ouvi um berro:
- Enfermeirinha (prefiro não comentar o termo usado), tô com muita dor.
- Dor aonde senhor?
- No sibirá.
- Aonde?
- No sibirá.
- E onde é o sibirá?
- Não posso mostrar aqui moça.
Bem, nessa altura das olimpíadas já imaginando o que poderia vir a ser o sibirá, perguntei:
- O sr. por acaso está com dor no pênis?
- Nããão, nãããão, nããããão! Eu sinto dor no peito ao sibirá pra cá e sibirá prá lá, mas é só quando eu me movo!
Deveriam inventar uma cartilha do estagiário consciente com a tradução de palavras usadas no linguajar popular onde viesse escrito também coisas que você não deve perguntar caso o contexto não tenha sido claro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário